segunda-feira, 14 de maio de 2018

Campos realiza Semana de Conscientização Sobre Alergia Alimentar após aprovação de Lei Municipal


Nesta terça-feira (15) começa IV Semana de Conscientização sobre Alergia Alimentar, primeiro ano em que a campanha será considerada oficial. A abertura contará com uma palestra ministrada pelo vereador Cláudio Andrade, na Escola Municipal de Gestão do Legislativo (Emugle), às 18h30.

Esta é a quarta edição do evento, porém a primeira após a aprovação da Lei n. 8.788, de autoria do vereador Cláudio Andrade, que instituiu a semana no calendário oficial do município. O vereador propôs a Lei atendendo ao pedido de uma comissão de pais e professores de crianças alérgicas alimentares. A Lei foi sancionada em 30 de outubro do ano passado e desde então familiares e professores de alérgicos tem uma grande vitória para comemorar.”Muito feliz em legislar em prol daqueles que lutam, diariamente, contra a alergia alimentar”, afirmou o vereador.

A terceira semana de maio é dedicada a conscientização sobre alergia alimentar em várias partes do mundo. Nos EUA, há 20 anos a Fare (Food Allergy & Anaphylaxis Network) trabalha, para que mais pessoas saibam o que é a alergia alimentar e suas consequências.

Assim como a Fare, o grupo que organiza a Semana em Campos acredita que aumentando a conscientização, incentiva o respeito, promove a segurança e melhora a qualidade de vida das crianças e adultos que convivem com alergias alimentares, incluindo todos em perigo de anafilaxia, com risco de perder a vida.

Segundo dados do Unicef, o Brasil possui uma população de 201,5 milhões pessoas, dos quais 59,7 milhões têm menos de 18 anos de idade (Pnad 2013) e de acordo a Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imonulogia) entre 6 e 8% das crianças e 2% dos adultos convivem com alergias. Nos Estados Unidos o número chega a 15 milhões de pessoas e na Europa, 17 milhões.

Atualmente muito se fala sobre alergia. Muita gente tem a impressão que os números de casos são crescentes e algumas organizações médica confirmam. Médico alergista e coordenador do Programa de Alergia Alimentar da Prefeitura de Campos, Ronald Young Júnior avalia que várias questões estão ligadas ao que muitos consideram aumento no número de casos. “Estilo de vida; mudanças nos hábitos alimentares; exposição cada vez maior a alimentos industrializados contendo uma série de aditivos que alteram as nossas funções digestivas; dietas inadequadas e com horários variáveis; abuso de ingestão de carboidratos que sobrecarregam a nossa capacidade de absorção e aumentam os processos fermentativos influenciando a absorção de nutrientes; obesidade; modificações da microbiota intestinal, entre outros”, diz.

Pediatra e alergista, o médico Carlos Hamilton Oliveira Conceição chama atenção para o risco de não buscar um atendimento especializado. “Nesses últimos anos a informação sobre ALERGIA ALIMENTAR tem se tornado uma arma importante para o seu diagnóstico. Mas, em contrapartida, esse conhecimento muitas das vezes equivocado, tem sido responsável por uma verdadeira caça ao culpado levando a dietas por demais restritivas, contribuindo, em muito para o desenvolvimento da desnutrição”, alerta.

Gastropediatra em Campos, a médica Janaína Carvalho alerta para a necessidade de diagnóstico preciso em casos de suspeita de ALERGIA ALIMENTAR. “Procurar um profissional especializado o mais breve possível para que seja feito o diagnóstico e tratamento adequados. Também é fundamental para o sucesso do tratamento a colaboração dos pais e de todas as pessoas que convivem com as crianças portadoras de alergia alimentar”, finaliza.

DEBATE NACIONAL:

No próximo dia 15 de maio, também será realizada uma audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal para tratar de proposta de instituição da Semana Nacional de Conscientização sobre a Alergia Alimentar.





Fonte: Terceira Via