quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Secretário assume caos na prefeitura? ‘Prefeito não chega ao meio do ano com os salários em dia’

(Foto: Ralph Braz || Pense Diferente)
O secretário de Governo de Campos, Anthony Garotinho, participou da manifestação “Em defesa dos Programas Sociais”, que ocorreu na noite de terça-feira, nas escadarias da Câmara Municipal. O ex-governador defendeu a manutenção dos programas sociais criados pela prefeita Rosinha Garotinho (PR) e lembrou o que disse na eleição ao governo do Estado sobre os salários dos servidores. Garotinho disse que o prefeito eleito Rafael Diniz (PPS) não passará do meio do ano com os salários em dia.

— Em entrevistas, o prefeito eleito já declarou que a passagem social será somente para as pessoas que precisam. Ora, como identificar as pessoas que viajam de ônibus, mas não precisam da passagem social. Como você vai saber quem precisa andar de ônibus e não precisa? — afirmou.

Garotinho afirmou também que a Câmara precisa estar unida em defesa do povo contra qualquer tentativa de extinção dos programas sociais por Diniz.

— Nós resistiremos ao lado do povo. Não nos curvaremos, diante desta tentativa de desmoralizar os programas. Ele venceu a eleição, mas os candidatos a vereador dele não venceram. E qualquer medida para desfazer os programas sociais que foram aprovados por lei tem que ser aprovada na Câmara. Se a Câmara não aprovar, ele não pode tirar os programas. Eles terão que tirar vocês para tirar os programas— acrescentou.

Garotinho falou que o PR vai tomar todas as necessárias medidas judiciais para apurar as denúncias de fraudes feitas por várias pessoas.

— Nada como um dia após o outro. Nós, durante as eleições em Campos, falamos sobre o que ocorreu nas eleições no governo do Estado, onde houve uma ilusão da população até mesmo, quem sabe, uma fraude. Porque a pesquisa de boca de urna divulgada pela TV Globo, que não é muito simpática a mim, indicava que o segundo turno seria entre Garotinho, com 28%, e Pezão, com 34%. Quando as urnas foram abertas, eu fiz 19%, Crivella fez 19,1%. Uma diferença de 20 mil votos num universo de 10 milhões de eleitores. Aqui também aconteceram coisas muito estranhas porque as pesquisas não mostravam, o sentimento nas ruas não mostrava o resultado que apareceu no dia das eleições. Quando o povo vota errado, quem perde não é o político, é o povo — falou ainda Garotinho.

— O que está por trás disso tudo é uma campanha para tirar vocês e colocar uma Câmara de cordeirinhos para tirar os direitos do nosso povo. Cabe a vocês manter o povo mobilizado. Espero que essa não seja a única manifestação. Que vocês façam outros atos nos bairros e distritos. Perguntem se querem voltar a pagar R$ 10,00 de passagem? Essa eleição tem muitos mistérios que ainda serão revelados. Essa eleição não acabou. Quando na eleição de Carlos Alberto Campista, eu disse que a eleição não havia acabado. Meu sentimento é o de que teremos uma eleição mais rápida do que aquela — previu.

Garotinho comparou ainda as eleições em Campos com a disputa que protagonizou na disputa para o governo estadual.

— Recentemente, no Rio de Janeiro, um motorista de taxi me disse. “Olha Garotinho, onde você está andando, você está tão sumido aqui do Rio”. Eu disse: olha, agora vocês aturem quem elegeram. Ele me falou então. “Ah, mas eu não sabia que ia ser tão ruim como está sendo “. Eu avisei, eu disse a vocês o que ia acontecer, que o rapaz (Pezão) não tinha condições de governar. Estou só me reportando ao passado para chegar ao presente. Aqui em Campos, não sei se por traição, ingratidão ou fraude, a verdade é que o povo escolheu um candidato que não tem a menor condição de governar a cidade de Campos. Antes, lá atrás, eu dizia: Pezão não completa o primeiro ano sem atrasar o salário dos funcionários. Dito e feito. Senhores, anotem esse dia. O senhor prefeito eleito não chega ao meio do ano com os salários dos funcionários em dia- concluiu.








Fonte: Campos24horas